Nesta terça-feira (13), o Hospital do Tricentenário (HTRI), em Olinda, comemorou três anos da abertura dos leitos integrais no serviço. O setor é destinado a cuidar dos usuários que têm como doença de base a psiquiatria e são acometidos por diversas infecções clínicas. Ao todo, são 16 leitos voltados para o acolhimento de homens e mulheres.
Desde a sua inauguração, em 2019, dezenas de pacientes já passaram pelo setor, tendo sido referenciados pelo Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), da cidade de Olinda. “Eles chegam pela emergência e, a partir daí iniciam o internamento. A maioria chega com dependência química, risco suicida, além das prescrições clínicas. Saem daqui aptos a viver em sociedade”, explica Ana Aurora, coordenadora do setor.
Para celebrar a importância do espaço, foi realizado um momento de interação entre pacientes e toda a equipe multidisciplinar, com oferta de lanche especial, música e uma apresentação voluntária do Grupo de Teatro Consultório de Rua do Recife, que abordou a temática do suicídio, aproveitando a campanha do Setembro Amarelo. “Cada um dos integrantes da nossa equipe tem importância na evolução desses pacientes. Só quem está aqui dentro do setor conhece de verdade a nossa realidade. Sou grata a todos”, agradeceu Ana Aurora. O espaço foi decorado com trabalhos de artes desenvolvidos com os pacientes.
A proposta do atendimento integral dentro do HTRI é tornar possível a ressocialização desses pacientes e, para isso, uma equipe multidisciplinar fica disponível 24 horas por dia, ofertando um atendimento de qualidade e, principalmente, humanizado. São médicos clínico e psiquiatra, terapeuta ocupacional, enfermeiro, técnico de enfermagem, assistente social, psicólogo, além de porteiro e equipe de higienização. Ao todo, são 12 profissionais que atuam no serviço, por plantão. “Nosso objetivo é fazer com que os pacientes voltem o mais próximo possível de uma vida normal”, completa a coordenadora. Dentro dos projetos realizados no serviço, oficinas de arte, com pintura, desenhos e trabalhos artesanais são feitos com os pacientes, de acordo com a capacidade de cada um, além da supervisão de um profissional. Um trabalho terapêutico, que tem auxiliado na recuperação, tornando a alta cada vez mais breve.